segunda-feira, 4 de março de 2013

Documento para chamar de meu


A equipe 4x4 aproveitando as paradas obrigatórias do rally, vem até você para explicar nosso ultimo desafio!  Durante a jornada o grupo passou por vários obstáculos, mas com aprendizado e bons amigos para ajudar, estamos quase conquistando nosso objetivo, vencer a corrida e estimular o publico sobre a matéria diplomática e tipologia.

Impulsionado pelo tema “empresas juniores”,  a equipe busca agora concluir a ultima etapa da corrida, deixando claro para você, o público, algumas questões importantes. 


Trbalho final :  

Proposta do grupo em relação ao blog:

A intenção do grupo ao trabalhar com o nome “Arquivo 4x4” foi de fazer uma analogia representando as dificuldades do cotidiano arquivístico, e o “potente motor” da aprendizagem que impulsiona o conhecimento desta área. O caráter off-road do blog faz menção aos “rallys” que enfrentamos na busca dos documentos propostos nas atividades da disciplina Diplomática e Tipologia Documental, e na análise destes.

Não só em relação às barreiras já citadas no parágrafo anterior, a analogia do nome do grupo também remete aos diferentes e possíveis caminhos que esperávamos encontrar (e encontramos) para traçar uma trilha onde vários caminhos levavam ao mesmo ponto.  Obstáculo após obstáculo, a equipe Arquivo 4x4 tem conseguido vencer os desafios e estamos na reta final para cruzar a linha de chegada de um dos primeiros entraves que teremos durante a nossa jornada arquivística.

A escolha do tema Empresas Juniores na UnB deu-se principalmente por ser um tema ainda não abordado por outros blogs de turmas que passaram por esta disciplina. Outro fator determinante que nos levou a eleger este tema foi o de despertar a curiosidade de muitos alunos que não tem conhecimento sobre os requisitos para a abertura de uma empresa Junior, e de como se dá o trabalho destas.

Proposta do grupo em relação ao documento para chamar de meu:

            A proposta do grupo ao compor o trabalho final “documento para chamar de meu”, é a análise de um modelo de contrato apresentado pelo Concentro de o uso não obrigatório pelas Empresas Júnior. Partindo deste ponto, ao decorrer deste trabalho apresentaremos a análise do contexto deste documento, algumas alterações no processo, normas para o processo e as análises diplomática e tipológica considerando que o modelo de documento apresentado pertença à empresa júnior do curso de Administração, ADeM.

É importante ressaltar que todas as conclusões do grupo foram baseadas nos conhecimentos adquiridos ao longo não só desta disciplina como também de disciplinas anteriormente cursadas na graduação em Arquivologia, e em textos de autores renomados da área que estão referenciados ao decorrer e no final deste trabalho final.

Discussão conceitual:

            Levantaremos neste trabalho uma análise mais completa e adaptada à relidade dos documentos de contrato usados pelas empresas juniores no ato, fundamentados nos trabalhos de Lopez (1999 e 2012) e Duranti (1996).

            A análise tipológica proposta por Lopez (1999) atende bem às nossas necessidades pois parte, resumidamente, da coleta de dados e registro de informações em fichas, seguida pela revisão, padronização dos aspectos formais, cruzamento de informações e levantamento das funções encontradas em cada documento. Consideramos estas etapas importantes pois mostram um resultado positivo, principalmente, na identificação de documentos duplicados e no controle de vocabulário, o que torna tal atividade mais especializada.

            Outra referência que se adéqua às análises feitas é a de Duranti (1996). Primeiramente, sua definição sobre os elementos externos dos documentos ajuda na compreensão da função. O suporte, a escrita, a linguagem são fatores de interpretação que permitem uma visão mais específica sobre o papel daquele documento em determinado contexto. Já os elementos internos são essenciais na compreensão do que diz do que quer transmitir tal mensagem. Essa análise completa as peças do quebra-cabeças no momento que liga os elementos externos ao real conteúdo da informação no documento.

            A análise tipológica do modelo de contrato que o grupo propõe neste trabalho está embasada no referencial teórico de Lopez" (2012) relacionado à atividade "Texto do Lopez" proposta no decorrer da disciplina Diplomática e Tipologia Documental disponível em: http://arquivologia4x4.blogspot.com.br/2013/02/texto-do-lopez.html


Contexto do documento

            Comum nas atividades-meio de organizações, contratos de prestação de serviços são formalizações de acordos feitos entre organizações para prestação de algum serviço. A Federação de Empresas Juniores do Distrito Federal (Concentro) faz a mediação entre as Empresas Juniores cadastradas e as instituições que buscam contratar seus serviços. Dessa forma, o Concentro age como uma associação das próprias empresas e realiza trabalhos de orientação geral às mesmas.

            O modelo de contrato que será analisado a seguir é um exemplo dessa mediação. No presente documento, o Concentro facilita o trabalho das Empresas Juniores na busca de uma assessoria jurídica para elaboração de seus contratos. Este modelo pode ser encontrado no sítio online do Concentro ou na seguinte URL: < http://www.concentro.org.br/portal/attachments/013_Modelo_de_Contrato_de_Prestacao_de_servico.pdf>.
O documento está disponível para visualização em : AQUI


Normas para o processo:

O documento escolhido, contrato de prestação de serviços, é o instrumento que tem por finalidade formalizar a obrigação que o contratado submeteu a atender as necessidades propostas pelo contratante, mediante remuneração. É o processo em que consiste na prestação de serviços por parte da Empresa Júnior em fornecer serviços para outras empresas, caracterizadas principalmente por pequeno e médio porte em diversas áreas de atuação A Empresa Júnior deve elaborar um contrato que deverá ser assinado antes de cada serviço prestado, sendo um instrumento de segurança para as empresas envolvidas e deve conter as seguintes informações: descrição do serviço a ser prestadas, obrigações de ambas as partes, vigência, valor total do serviço, forma de pagamento, penalidades em caso de não pagamento, uso da imagem de ambas as partes, regras no caso de rescisão, estabelecimento do foro competente para dirimir eventuais dúvidas e assinaturas dos representantes legais de ambas as partes e de duas testemunhas.

A base para acontecimento do processo é o surgimento do contrato de prestação de serviços. Inicia-se com o interesse por parte da empresa de contratar para o exercício dos serviços necessários a Empresa Júnior. A partir desse contato inicial marca-se uma reunião com os chefes das unidades da Empresa Júnior, por exemplo, no caso da Empresa Júnior de Administração, com os chefes da Logística, Recursos Humanos, Finanças, Recursos Materiais, Gestão Estratégia, dentre as outras áreas existentes e com os representantes da empresa interessada. O objetivo da primeira reunião é conhecer toda a estrutura da empresa, procedimentos das atividades, missão, visão e principalmente o motivo de procura para contratação.

Após o procedimento inicial de mero conhecimento, os integrantes da Empresa Júnior se reúnem para articular a formação dos grupos de acordo com a demanda realizada pela empresa interessada. Quando a empresa é de pequeno porte, até iniciar de fato a execução dos serviços realizam-se aproximadamente mais duas reuniões, quando a empresa é de médio o quantitativo de reuniões até o início da execução é em cerca de 4 a 5, quanto ao número de reuniões e o prazo de entrega do serviço são variáveis que dependem da demanda exigida pelo cliente. Após essas reuniões cria-se um contrato de trabalho que só é formalizado a partir da segunda reunião pelo fato dos integrantes da Empresa Júnior ter a certeza que possuem as devidas condições para suprir as necessidades do interessado e obter um resultado eficaz.

Após a assinatura do contrato de prestação de serviços iniciam-se as visitas nos estabelecimentos da empresa interessada, como também a execução de fato.

O procedimento de forma esquematizada acontece da seguinte forma:

1)      Surgimento de necessidades

 

2)      Contato inicial com a Empresa Júnior

3)      Reuniões para tomar conhecimento da estrutura da empresa interessada.

4)      Articulação para formação dos grupos de acordo com a demanda.

5)      Assinatura do contrato elaborado para cada serviço
prestado.

6)      Execução do serviço.

Sugestão na alteração do processo

A sugestão de alteração no procedimento é em relação ao momento de visita à empresa interessada, em que este momento atualmente só ocorre depois da assinatura do contrato de prestação de serviços, no entanto seria mais adequado ocorrer após a apresentação das demandas por parte da empresa interessada, como forma da Empresa Júnior tomar conhecimento das reais condições da empresa interessada como também já iniciar um prévio planejamento da futura execução.
 
Análise diplomática do documento no acervo do Concentro (Federação de empresas juniores do DF)

 

DEFINIÇÃO: Tal documento tem a finalidade de concretizar e formalizar a negociação realizada entre as partes.

DENOMINAÇÃO: Contrato de Prestação de Serviços.

ÓRGÃO PRODUTOR: Federação de empresas juniores do Distrito Federal (Concentro).

VIGÊNCIA: Guarda Permanente.

Acesso: Privado.

TRAMITE: criação do documento > assinatura das partes > arquivo intermediário (até o cumprimento da vigência do contrato) > arquivo permanente.

CARACTÉRES EXTERNOS:

-Suporte: Papel, tamanho A4

-Gênero: Textual

-Formato: Contrato

-Forma: Original

-Linguagem: Português do Brasil

-Sinais especiais: Logotipo do Concentro no canto superior direito de cada folha.

 

Análise tipológica do documento no acervo do Concentro (Federação de empresas juniores do DF)

 

 
Contrato de Prestação de serviço.
Fundo
Federação de empresas juniores do Distrito Federal (Concentro)
Titular
Federação de empresas juniores do Distrito Federal (Concentro)
Função
Representar o acordo entre as partes, especificando os deveres e direitos das partes.
Tipo arquivístico simples
Simbolizar o acordo entre o Concentro e o contratante para prestação de tal serviço.
Tipo arquivístico completo
Especificar a contratação de prestação de serviços, tratando tanto obrigações como direitos de cada parte, comprovando o comprometimento das mesmas.
Espécie
Contrato de prestação de serviço.

  

Resultado

A grande dificuldade encontrada pelo grupo no decorrer do trabalho foi o acesso ao documento propriamente dito. No fim, o documento obtido foi um modelo de contrato de prestação de serviço adotado pelo Concentro, aplicável às empresas juniores associadas.

O modelo de contrato apresentado, apesar de ser divulgado para os associados ao Concentro, não é de uso obrigatório. Ou seja, empresas com a AD&M (empresa júnior do curso de Administração de Empresas da Universidade de Brasília - UnB) não usam em todas as suas negociações.

Apesar desse contratempo, procuramos analisar e observar o documento dentro do contexto das instituições trabalhadas. A partir das leituras, observamos que a teoria diverge da prática principalmente na construção de instrumentos como código de classificação.

Em uma das discussões, o grupo concluiu que as análises diplomáticas e tipológicas já eram feitas pelos integrantes em experiências como estágio inconscientemente. As associações entre função dos documentos na classificação de acordo com código era feita de maneira rústica e intuitiva. A disciplina permitiu o aperfeiçoamento da técnica e a ligação entre os processos de análises e a construção dos instrumentos.

O referido trabalho ajuda a desenvolver uma nova forma de análise dos documentos de forma mais focada nas Empresas Juniores da UnB. Unindo as informações absorvidas das leituras, aperfeiçoamos um método de análise mais compatível com a documentação trabalhada, já que os métodos estudados durante o semestre eram incompletos para tais documentos.

Pela temática escolhida pelo grupo ser nova em relação às discussões existentes na disciplina, o mesmo pode ainda servir como motivador para futuras pesquisas.

Referências

LOPEZ, A. Tipologia documental de partidos e associações políticas brasileiras. São Paulo: História Social USP/ Loyola, 1999. (Teses)

DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5).

LOPEZ, André Porto Ancona. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antonio José Marques; Inez Tereznha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo; Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, 2012, p. 15-31.


 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Extra!


Fonte da imagem:
http://www.benoliveira.com/2011/07/teorias-do-jornalismo-newsmaking.html



Bom dia, jipeiros!

Hoje a conversa é sobre jornalismo. Tendo em vista o vídeo da galera do Porta dos Fundos (http://www.youtube.com/watch?v=NH_3Iw8pL6A), vamos analisar algumas questões sobre autenticidade, veracidade e informação arquivística.

Para Lopez (2012), “...o documento, entendido genericamente, é qualquer informação fixada em um suporte”. Já que a reportagem é uma informação registrada num suporte (vídeo, no caso, em formato digital), tem-se um documento produzido pela empresa jornalística “Porta dos Fundos”.

Se o vídeo representasse realmente uma matéria de conteúdo jornalístico, ainda que a informação fosse inverídica, a mesma continuaria sendo informação arquivística. A informação arquivística é aquela produzida no exercício da função daquela instituição ou pessoa. Logo, a função da empresa jornalística é gerar matérias. Inverídicas ou não, são as informações produzidas. Sendo assim, tal matéria deve sim ser arquivada por fazer parte do acervo do produtor, produzida no desempenho de sua função.

Voltando à realidade, o grupo “Porta dos Fundos” é caracterizado por seus vídeos de humor hospedados no popular site de vídeos YouTube. Teoricamente, a função do produtor (Porta dos Fundos) é filmar vídeos humorísticos para publicação. Tomando essa premissa como verdade e o conceito apresentado acima, temos que a informação produzida por eles é arquivística, por se enquadrar em na função do grupo, e deve também ser arquivada.




Referência Bibliográfica:

LOPEZ, André Porto Ancona. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antônio José Marques; Inez Terezinha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo; Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, 2012, p. 15-31.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

TEXTO DO LOPEZ !!



Dando continuidade à corrida, fomos surpreendidos por um movimento de panfletagem à respeito de um texto muito importante e indispensável para a superação de alguns obstáculos durante o rally. O texto do professor André Porto Lopez, foi uma de nossas ferramentas mais requisitadas durante toda a nossa aventura; os informativos distribuídos vieram em boa hora, já que para desvendar o mistério da tipologia e diplomática dos "documentos para chamar de meu" fez-se necessário um estudo objetivo e completo à respeito do assunto.

Como encontramos certa dificuldade em nossa última parada para conseguir a documentação necessária para poder ser feita a analise, o grupo resolveu utilizar a carta e o contrato como se fossem, de fato, da Empresa Júnior à qual foi requisitada. Logo os documentos analisados hoje foram modelos encontrados na internet que serviam de base para todas as empresas juniores; mas por falta de informação em tal documentação resolvemos remeter o modelo à empresa júnior que de fato iríamos procuramos para obtenção dos documentos. A empresa seria: AD&M, situana na Universidade de Brasília – UnB, no subsolo da ala norte.

Como o desafio de hoje é fazer a analise dos documentos apresentados sob critérios especificados pelo professor, tendo como referencia o texto do mesmo, a tabela a seguir apresenta às informação desejadas:



 
Selo Brasil Júnior
Carta
Contrato de Prestação de serviço.
Fundo
Confederação Brasileira de Empresas Juniores – Brasil Júnior.
Universidade de Brasília – UnB
Contratante/ contratado
Titular
Confederação Brasileira de Empresas Juniores – Brasil Júnior.
Faculdade de Administração
Partes envolvidas
Função
Determinar diretrizes para interessados na obtenção do Selo Brasil Júnior.
Obter aprovação da instituição e formalizar o processo.  
Concretizar a negociação, especificando os deveres e direitos das partes.
Tipo arquivistico simples
Critérios para certificação das empresas que procuram aderir ao Conceito Nacional de Empresa Júnior (CNEJ) e que passam pelo Processo Único de Filiação (PUF), com vistas à obtenção do Selo Brasil Júnior.
Carta de formalização.
Formalizar o contrato de prestação de serviços.
Tipo arquivistico completo
Critérios para aderir ao CNEJ e obter o Selo Brasil Júnior.
Carta de formalização dos processos de criação da Empresa Júnior.
Concretizar o processo de contratação de prestação de serviços, especificando às clausulas a serem cumpridas pelas partes.



          Fazendo uma análise do texto de proposto, podemos concluir alguns aspectos a cerca da diplomática. Mas antes, gostaríamos de mostrar a diferença entre um documento simples e um documento de arquivo. Segundo LOPEZ (2012) “... o documento, entendido genericamente, é qualquer informação fixada em um suporte”. Complementarmente, um documento de arquivo é bem mais específico, pois necessita de um contexto administrativo de produção.

         Discorrendo a cerca da Diplomática, podemos concluir que esta se relaciona diretamente à identificação da autenticidade de documentos por meio da análise de suas características externas. Ainda segundo LOPEZ (2012) “De um lado, a Diplomática tende a individualizar cada documento, enquanto a Arquivologia busca a inserção de cada documento em conjuntos mais amplos, caracterizados pelas atividades que os produziam (as séries). Tais especificidades, que distinguem essas disciplinas, ao mesmo tempo, as tornam complementares”.

            Portando reconhecemos o papel fundamental da Diplomática na análise de documentos no âmbito da Arquivologia. Ainda segundo Lopez, a tipologia é a responsável por estabelecer as relações entre as informações do documento e à tudo que ele está relacionado, observando a contextualização em que o  mesmo se encontra.




Referência Bibliográfica:

LOPEZ, André Porto Ancona. Identificação de tipologias documentais em acervos de trabalhadores. In: Antonio José Marques; Inez Tereznha Stampa. (Org.). Arquivos do mundo dos trabalhadores: coletânea do 2º Seminário Internacional. São Paulo; Rio de Janeiro: CUT; Arquivo Nacional, 2012, p. 15-31.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

DIREITO DE TODOS!

 
 




 Bastidores do último acontecimento do rally, Um documento para chamar de meu:

            O propósito da lei de acesso deveria ser vista como instrumento normativo derivado dos vários artigos da própria constituição federal, embasados no Direito à informação e exercício da cidadania. Porém o propósito da lei está sendo mudado e muitos relacionam apenas à transparência dos salários, ridicularizando, ao passo de reduzir o conceito de informação à disponibilização de salários.

            A problemática enfrentada por muitos grupos como também pelo Arquivo 4x4 é a falta de conhecimento por parte dos órgãos públicos da obrigatoriedade existente em disponibilizar as informações respeitando a classificação determinada pela lei. A dificuldade começou a partir do conhecimento de que os documentos das empresas juniores não iriam para o CEDOC, o qual a Tânia é responsável, mas sim permaneceriam com os atuais presidentes, pessoas estas que possuem presença reduzida nas localizações físicas das empresas. A dificuldade aumentou ao saber que as empresas juniores são empresas privadas regidas assim pelo Direito Privado, dessa forma não possuem a obrigatoriedade de disponibilizar as informações.

            Primeiramente realizamos visitas em quatro Empresas Juniores, todas estas alegavam que os documentos de criação, de forma geral, estariam com o presidente e somente ele poderia dar acessibilidade, ressaltando que a ideia do grupo era encontrar documentos que fossem padrões para existência de qualquer Empresa Junior. Após a visita fracassa, no entanto com os diversos contatos dos presidentes em mãos, recorremos aos emails e telefones, os emails foram enviados com bastante antecedência e só respondidos um dia anterior a entrega da atividade, não sendo suficiente, as respostas foram apenas “vamos analisar o pedido dos documentos em questão e entraremos em contato assim que obtivermos respostas.”
 
                                                                        ***

 Ao tentar conseguir o acesso a documentos referentes a criação das empresas juniores com a ADeM (Empresa Junior do curso de administração da Universidade de Brasília), nos deparamos uma certa dificuldade inesperada. A empresa é famosa por sua exelência no trabalho, sendo uma das mais bem sucedidas da UnB. Talvez por isso, o presidente da organização referente, tenha colocado certas burocracias ao fornecer o acesso por nós solicitado.
            No primeiro contato com o presidente da empresa, o grupo expos via telefone, a solicitação de três documentos quaisquer referentes a criação da empresa junior ADeM, que também fossem comuns às outras empresas juniores no seu ato de criação. O referido presidente esclareceu que a empresa já existe há 21 anos, e que as pessoas que sabiam exatamente onde estes documentos poderiam estar, não trabalhavam lá faz muito tempo, e então pediu, que lhe enviassemos um e-mail para tornar o pedido formal, e no mesmo instante o fizemos. Porém, só obtivemos um retorno ao nosso e-mail 21h depois, mediante a outra ligação "pressionando" para ter uma resposta que foi a seguinte: " Já encaminhei sua solicitação para o pessoal de Organização & Processos, responsáveis pela Gestão do Conhecimento da nossa empresa. Eles irão te responder assim que tiverem disponibilidade ".
            Não obstante, no mesmo dia o "pessoal de Organizações & Processos" nos repondeu o seguinte: "Atualmente não temos esses documentos digitalizados. Porém, vamos analisar até a semana que vem se conseguimos digitalizá-los e te enviar. Por gentileza, nos defina exemplos de documentos de abertura que te interessem". Cinco dias depois, recebemos um e-mail do pessol de Organizações & Processos com 2 (dois) documentos documentos digitalizados. O fato é que o prazo da nossa atividade já havia passado há quase uma semana, e tivemos que correr atrás de outros documentos disponibilizados na internet.

Referência :
- http://junior-duba.blogspot.com.br/2012_07_22_archive.html


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Facilitando os rumos!


E aí, galera. Hoje vamos falar um pouco sobre referências que fazem o rally ficar um pouco mais fácil. São elas que nos dão ideias sobre trechos a serem trilhados e buracos a serem evitados.



Sendo assim, temos os seguintes resultados.


O grupo identificou que uma das análises tipológicas propostas que atende bem às nossas necessidades é a análise tipológica apresentada pelo Profº André Lopez (1999). Tal análise parte, resumidamente, da coleta de dados e registro de informações em fichas, seguida pela revisão, padronização dos aspectos formais, cruzamento de informações e levantamento das funções encontradas em cada documento. Consideramos estas etapas importantes pois mostram um resultado positivo, principalmente, na identificação de documentos duplicados e no controle de vocabulário, o que torna tal atividade mais especializada.

Outra referência que se adéqua às análises feitas é a de Duranti (1996). Primeiramente, sua definição sobre os elementos externos dos documentos ajuda na compreensão da função. O suporte, a escrita, a linguagem são fatores de interpretação que permitem uma visão mais específica sobre o papel daquele documento em determinado contexto. Já os elementos internos são essenciais na compreensão do que diz do que quer transmitir tal mensagem. Essa análise completa as peças do quebra-cabeças no momento que liga os elementos externos ao real conteúdo da informação no documento.


Valeu! Até a próxima.




Referências Bibliográficas:

LOPEZ, A. Tipologia documental de partidos e associações políticas brasileiras. São Paulo: História Social USP/ Loyola, 1999. (Teses). 

DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5). Capítulo 5.

Fonte da imagem: http://i3.ytimg.com/vi/AA9ZzgvxsYg/0.jpg

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

UM DOCUMENTO PRA CHAMAR DE MEU (PARTE 1)

E aí, galera? Começamos hoje com outra trilha pra percorrer. Dessa vez, daremos início à atividade “Um documento pra chamar de meu”.

Assunto de um dos primeiros posts (que você confere aqui: http://arquivologia4x4.blogspot.com.br/2012/11/empresas-juniors-no-rally.html), as Empresas Juniores da UnB vão dar o tom das abordagens dessa atividade.

Para nos situarmos, vamos a um rápido briefing com sobre a trilha de hoje. A AD&M é a empresa júnior da UnB para os alunos do curso de graduação em administração. No mercado desde 1992, a empresa é composta e gerida por alunos e tem como missão o seguinte valor: 

“Formar profissionais preparados para o Mercado que contribuam para o desenvolvimento da Sociedade, por meio da vivência empresarial e de soluções de Consultoria em Gestão, gerando valor para os Clientes e UnB."

Primeira empresa júnior do centro-oeste, a AD&M ganhou reconhecimento no mercado e, em 2008, ganhou o Prêmio de Melhor Empresa de Serviços do Distrito Federal.

Partindo disso, vamos aos trabalhos propriamente ditos.

Análises dos documentos:
1º DOCUMENTO: SELO BRASIL JÚNIOR

O tipo do documento é “Critérios para a certificação”, sendo que seus caráteres externos (Duranti, 1996) são:
- SUPORTE: meio digital;
- FORMATO: PDF;
- GÊNERO: textual e imagético;
- FORMA: cópia;
- IDIOMA: português do Brasil.

A entidade produtora é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Tem como atribuição a representação dos interesses das empresas juniores do Distrito Federal, como também seu fortalecimento, crescimento e desenvolvimento. A atividade que gerou este documento foi a regulação de acesso ao Selo Brasil Júnior, que define termos e condições para ter acesso à certificação. O documento é destinado a todas as empresas juniores que pretendem possuir o Selo Brasil Júnior.


2º DOCUMENTO :  Carta elaborada pelo departamento do curso relacionado com a empresa júnior mencionando que o processo de constituição foi concretizado dentro da UnB.

O referido documento tem por finalidade, obter a aprovação da Universidade relacionada para que tal Empresa Junior fosse instituida com os devidos requisitos para atuar sob o espaço da própria universidade. Após aprovação de tal declaração, a empresa passa a reconhecer e fazer parte fisicamente da universidade, como sendo um espaço de  aperfeiçoamento dos ensinamentos de sala de aula para uma rotina prática. 
Do ponto de vista tipológico podemos identificar informações relevantes e necessárias, para que tal empresa seja instituida devidamente sob o ponto de vista legal. Análise tipológica :
DENOMINAÇÃO: Carta de declaração de preenchimento de requisitos, para aprovação da Universidade. 
DEFINIÇÃO: Carta elaborada pelo departamento do curso relacionado com a empresa júnior mencionando que o processo de constituição foi concretizado dentro da UnB. 
ORGÃO PRODUTOR: Departamento do curso relacionado.
DESTINATÁRIO: Universidade em questão (no caso: Universidade de Brasília).
TRAMITE: Criação > cumprimento de requisitos exigidos > aprovação da coordenação > aprovação da universidade > Registro de dados na Receita Federal> reconhecimento de firma em cartório> encaminha-se à Receita Federal mais proxima para revisão de veracidade > Registro de CNPJ . 
VIGÊNCIA: Guarda Permanente.
ACESSO: Privado (depende da empresa)
CARATERES EXTERNOS: 
                           - Suporte: Papel
                           - Classe: Textual
                           - Formato: Carta
                           - Forma: Original

DOCUMENTO 3º:  Contrato de Prestação de Serviços.

DEFINIÇÃO: Tal  documento tem a finalidade de concretizar e formalizar o contrato de negociação realizado entre as partes.
DENOMINAÇÃO: Contrato de Prestação de Serviços.
ÓRGÃO PRODUTOR: As empresas envolvidas.
VIGÊNCIA: Guarda Permanente. 
Acesso: Privado.
TRAMITE: interesse entre as partes > criação do documento > assinatura das partes (após cumprir todas as etapas, o documento segue para o arquivo permanente). 
CARACTERES EXTERNOS: 
                             - Suporte: Papel
                             - Classe: Textual
                             -  Formato: Contrato
                             - Forma: Original

Associando ao texto do M.R. 1.3 destacamos a importância de identificação das séries documentais. No texto a ênfase quanto a esse aspecto que envolve conceitos diplomáticos, principalmente, requer um trabalho minucioso para identificação desse fator em uma determinada massa documental acumulada visto que a partir da identificação das características tipológicas dos documentos pode-se iniciar as demais "etapas arquivísticas" de forma eficiente respeitando os devidos princípios.

FONTE:
http://www.concentro.org.br/portal/attachments/013_Modelo_de_Contrato_de_Prestacao_de_servico.pdf
http://www.concentro.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=13&Itemid=8

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Atividade Desafio

É claro que sem combustível não poderíamos continuar na corrida. Aproveitamos a ida do mecânico ao posto mais próximo, para alimentar nosso conhecimento. Depois de nossa última aventura a respeito dos documentos digitais, desafiamos você à ajudar a desvendar o mistério do documento que autorizou o acontecimento do rally. O questionamento é referente à autorização para realização do evento. 
Houve uma interrupção, à pedido da justiça indicando o fim do rally, devidos a supostas ilegalidades, já que o mesmo está sendo realizado em áreas de preservação da União, sendo proibida qualquer atividade nestas. O referido documento foi emitido de comum acordo entre as partes, mas o problema foi quanto à autenticidade e veracidade do mesmo já que tais informações foram processadas e armazenadas como documento digital, com assinatura digital dos interessados, mas não preencheram os requisitos impostos pelo MoReq-Jus. A partir dessa terrível parada inesperada, relate sobre o conceito de autenticidade e veracidade do documento digital em questão e relacione-o com os requisitos expressos no MoReq-Jus. Boa aventura!!!
Ajuda para desvendar o mistério: MoReq - Jus